quarta-feira, 8 de julho de 2020

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black dress, blogger, and dress image

2020 está a ser o ano dos retrocessos.
Ainda não tratamos de adiar o casamento e de falar novamente com todos os fornecedores, mas vamos ter de o fazer. Great! Not. Nem dá para explicar ter que adiar isto uma vez mais.

A casa que tínhamos em vista e que nos tinha ficado no coração deixou de ser opção porque o vendedor quis subir o preço. Great! Not. Ficamos realmente tristes e vamos ter que ultrapassar este pensamento, porque já sonhávamos, literalmente, com isto.

E mesmo assim enquanto nós e os nossos estiverem seguros não nos podemos, de todo, queixar.  

Temo que 2021 também ainda não será um grande ano e que esta seja uma nova realidade que nos tenhamos de habituar até que isto desapareça completamente, coisa que me parece que vá demorar.

As férias este ano não vão ser férias, uma vez que estamos todos sob esta eminência de novos surtos e deste perigo invisível, deste misto de relaxar mas não muito, sair para apanhar ar mas ter cuidado, desanuviar sem baixar a guarda. Enfim.

Sobre o desconfinamento: eu e o namorado fomos dos primeiros nos nossos trabalhos a alertar as pessoas, a dizer que isto não ia correr bem quando toda a gente achava que éramos paranoicos. Uma colega do trabalho do namorado disse que "isto era tão provável como apanhar piolhos"... well... acho que agora já deva ter uma opinião um pouco diferente.

Nós que cumprimos escrupulosamente a quarentena, que deixávamos toda a roupa do exterior à porta, que saiamos de máscara, luvas e tudo mais... agora até nós sentimos que estamos um pouco mais relaxados/cansados/despreocupados, em certa medida, e se nós "os paranoicos" já estamos assim, nem quero imaginar o mundo e o que aí vem com as férias, com a abertura de fronteiras, etc.
Acho que estamos (nós, em geral) a ganhar aquela impressão que somos invencíveis e que a nós nada nos afeta e se, de facto, isto nos surpreende e nos afeta vamos olhar para trás e pensar "como é que eu fui tão estúpido que facilitei e apanhei isto? Como é que depois de toda a informação eu toquei naquela porta e não desinfetei logo de seguida? Como é que fui ao café com os amigos? Como é que fui jogar futebol sabendo do que se estava a passar? 
É esta a linha ténue entre a necessidade de voltar a viver e seguir algumas rotinas e o sentimento de que podemos ser negligentes e afetar a nossa família e que eles possam morrer por nossa causa, coisa que ninguém vai conseguir ultrapassar essa culpa caso aconteça. 

As profecias de 2000 parece-me que foram adiadas 20 anos e que agora sim está a ser o caos e o "fim do mundo" e um caos sem fim à vista.

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Casamento em tempos de covid

O mais próximo que estou de dizer “aceito” é quando o whatsapp atualiza e lá aparece os termos de utilização...

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