sexta-feira, 17 de setembro de 2010

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Hoje estive com uma velha amiga.
Numa daquelas pessoas que, em tempos, confiei erradamente. Alguém que eu tinha como amiga mas que se revelou quando o rapaz de quem ela gostava, lhe disse que gostava de mim. E as mulheres sabem como ser más, por isso, nunca se menosprezem as mulheres.
Em tempos, foi tipo novela e a miúda fez tudo só porque o tal rapaz gostava de mim. E, nestes casos, a vida supera realmente a ficção. Fez-me das boas, mas eu não guardei especial sentimento. O mal que efectivamente me fez não teve a proporção que ela queria que tivesse, por isso, tudo bem.
Tempos volvidos, encontrei-a hoje, por acaso. Estávamos com mais pessoas e por outro assunto, um amigo em comum acabou por dizer, que na vida, no final das contas, cada um acaba por ter o que merece. Olhei para ela e vi-a com pouco mais que o nono ano e com 90 kg e aquela frase fez-me tão sentido que tive que a repetir e essa frase anulou qualquer réstia de sentimento amargo que houvesse. Porque acaba tudo bem, se cada um de nós receber o que cultiva, se cada um de nós tiver o que, efectivamente, merece.

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