quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

O meu carro


"O meu carro." Isto podia ser bem o título de uma daquelas redacções que tínhamos que fazer na escola.

Ahhhh, tanto há a dizer sobre o meu carro.
Há uns anos gastamos (lá em casa) uma pipa de massa num carro. Até aqui nada de anormal.
Contudo o carro tem várias particularidades, começa por ser de uma marca indiana que não lembra nem ao menino jesus e que ninguém conhece, logo não valia um 1/3 do que pagamos por ele. Mas fomos crentes.
Depois percebemos que também não havia peças para tal bicho e cada reparação fomos fazendo encomendas a fornecedores estrangeiros, com preços altamente inflacionados... devíamos tê-lo vendido quando nos apercebemos. Mas fomos crentes.

Quando pensamos que o meu carro já não surpreende eis que acontece.

O dito tem um sistema anti-roubo. Ultimamente o sistema anti-roubo é tão tão tão bom que aparentemente até nós os donos somos barrados pelo sistema. Não vá de crermos roubar... o nosso próprio carro.

O que acontece então? Acontece que eu ando com ele. Uma vezes ele deixa-me entrar outras não. Já me aconteceu ir de carro para um sítio e voltar de lá a pé. Um mimo.
Todos os dias são, por isso, uma surpresa inesperada. Será que quando sair tarde e a más horas do trabalho vou ter carro para ir para casa? Será que de manhã vou ter carro para ir para o trabalho? Nunca é garantido.

Estes dias ando a pé, que é para ver o que é bom. Das duas uma, ou a reparação do carro fica mais cara do que o próprio ou pode acontecer nem sequer ter reparo.
A sério, eu mereço.

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