segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Sem palavras


Ontem tivemos que percorrer 1 terço do país porque fomos de fim-de-semana a casa dos pais do namorado. Percorremos cerca de 250kms e ardia a cada concelho e distrito que íamos passando. Coincidência, não? Quase que parece que existe uma rede organizada que decidiu espalhar a devastação.
Um cenário dantesco. Um horror, que eu nunca vi igual. 

Andámos quase sempre em auto-estrada e vimos arder mesmo ao lado.
Percebemos que se ardessem dos dois lados qualquer pessoa que fique encurralada pelas chamas não tem grande opção. O que fazer? Parar no meio da auto-estrada e levar com um carro em cima? Avançar é um risco enorme que muitos filmaram. Uma sorte os pneus não rebentarem com o calor e as pessoas ficarem no meio daquele inferno. Voltar para trás? Numa auto-estrada é impossível, mesmo em necessidade de salvar vidas seria suicídio.

Nós, que seguíamos na A1, passamos por meia hora de para-arranca para sair, uma vez que fecharam a estrada mas felizmente fizeram-no a tempo. Não quero imaginar o que sentiram aqueles podiam ter morrido nesta estrada, por falta de a terem cortado. O local onde isto aconteceu foi logo depois do sítio onde saímos e já de noite, como nós.

Temos que estar gratos, por não nos ter acontecido nada, mas revoltados porque aqueles podíamos ser nós e porque NINGUÉM devia passar por aquilo. Para receberem o dinheiro das portagens estão todos disponíveis, mas para evitar estas coisas já não está lá ninguém. É uma vergonha! Passar e pagar numa estrada para morrer, sem que tenham o mínimo de cuidado para com a nossa vida! Estes condutores deviam ser pagos e bem pagos pelo risco que corram, não que isso diminua o que passaram mas para que estas entidades assumam responsabilidades! 

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