Consigo lembrar-me de algumas praxes de mau gosto que tive, consigo lembrar-me de alguns praxantes frustrados, mas nunca fui obrigada a fazer nada que atentasse contra os meus princípios ou integridade, apesar de saber que geralmente as praxes nem sempre funcionam assim.
Quando fui eu praxar também não foi diferente.
Quando fui eu praxar também não foi diferente.
O que é facto é que percebi que consegui tirar algum ensinamento da praxe quando cheguei ao fim do curso e era uma mera «estagiária».
No primeiro contacto com o mercado de trabalho percebi que estava no fundo da hierarquia e que sim, que a sociedade está toda hierarquizada, tal como na praxe.
Quando no estágio tive que "ouvir e calar", respeitar os orientadores, às vezes por muito errados que estivessem, pelo respeito a serem mais velhos e à experiência que tinham, quando percebi que às vezes temos que sorrir e obedecer, mesmo estejamos a mandar aquela pessoa a um sítio nada bonito na nossa cabeça, quando tive que ter procedimentos contra as minhas crenças pessoais, porque eram como as coisas funcionavam num dos locais de estágio e tinha porque tinha de ser assim, percebi que aquilo não era muito diferente da praxe e que a praxe, de certa forma me ensinou a tolerar melhor essas situações.
No primeiro contacto com o mercado de trabalho percebi que estava no fundo da hierarquia e que sim, que a sociedade está toda hierarquizada, tal como na praxe.
Quando no estágio tive que "ouvir e calar", respeitar os orientadores, às vezes por muito errados que estivessem, pelo respeito a serem mais velhos e à experiência que tinham, quando percebi que às vezes temos que sorrir e obedecer, mesmo estejamos a mandar aquela pessoa a um sítio nada bonito na nossa cabeça, quando tive que ter procedimentos contra as minhas crenças pessoais, porque eram como as coisas funcionavam num dos locais de estágio e tinha porque tinha de ser assim, percebi que aquilo não era muito diferente da praxe e que a praxe, de certa forma me ensinou a tolerar melhor essas situações.
Percebo o intuito da praxe, dado que é uma pequena amostra que na vida temos que aprender a ouvir, algumas vezes sem ter opção de resposta, a respeitar, a aprender que nem sempre vamos fazer o que gostamos, mas que temos que o fazer independentemente disso. Não quero com isto dizer que a praxe é a única forma de obter estes ensinamentos, porque claro que não é. Não sou defensora acérrima da praxe e quando leio opiniões de defensores cerrados das praxes normalmente acho-os meio infantis. Nem sempre a praxe é boa, nem sempre a praxe é integração.
Apesar de ter conseguido tirar alguns ensinamentos dessa fase também tenho a certeza que colocar em risco a vida de outros não traz ensinamentos para ninguém e todos os actos de praxe que não dignifiquem o ser humano devem ser punidos. Praxe não pode nem deve ser uma fachada para maltratar impunemente os outros. Praxe sim. Crianças grandes a brincar de dar ordens, independentemente das consequências, não.
1 comentário:
é bom ler uma opinião que nos diz que a praxe realmente a ajudou no mercado de trabalho!
DMoura
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