quinta-feira, 28 de maio de 2020

O BB 2020


Esta é a primeira edição do Big Brother que acompanho.
E acompanho porquê? Porque tenho uma televisão de 55 polegadas, que é quase do tamanho da minha parede da sala e é a única hipótese que eu tenho de olhar para o horizonte e ver uma piscina infinita e o mar ao fundo da vista.  
Mudava-me amanhã para lá, para a casa, não para o programa. O Big Brother 24h é o resort dos pobres, é o que eu sinto. Por acréscimo ao cenário tenho que levar com o programa.
Ora, não vi as outras mas esta edição trata-se de um programa muito internacional, há pessoal da venezuela, brasil, londres, suiça, estados unidos, há quase mais estrangeiros lá do que na rua Augusta, antes do Covid, coisa que não é fácil.
No programa temos uma miss, que veio dos Estates, foi obrigada a vir para Portugal depois do pestanejar dela ter provocado o furacão Katrina, em 2005.  

Temos o bombeiro de Valongo, que é uma terra que eu simpatizo e onde já trabalhei um ano, graças a deus nunca precisei de ajuda daquele bombeiro. O jovem cada vez que é nomeado só falta dizer que lhe vai fazer a folha cá fora e aparentemente os Bombeiros Voluntários de Valongo já se vieram demarcar da postura do jovem. Ter um bombeiro a dizer a alguém que lhe devia ser negada ajuda só porque o nomeou num joguito da treta diz muito sobre o carácter de alguém. Shame.  

Há um mentalista que hipnotiza pessoas e parece ser bom, porque hipnotizou de tal forma a Soraia, que a miúda não o larga.
Há a miúda da Suiça que, com 22 anos, parece ter mais rodagem que o meu carro do trabalho, que já foi comprado em segunda mão, a uma bailarina do Micael Carreira, por isso imaginem.

Enfim, o ano de 2020 está a ser um ano mau para todos, que nos leva a ver este tipo de programas, está a ser mau para nós, para o comercio, os restaurantes, os ginásios, as companhias aéreas, à excepção, claro, daquelas que vão lá passar mensagens, para essas está a ser um grande ano e a continuar assim, em Julho, estão a fazer propostas para comprarem a TAP...

Para ouvir, no Spotify, aqui:

terça-feira, 26 de maio de 2020

Diários da Quarentena #8


A atividade física é uma farsa.
Face à quarentena, decidi começar a fazer exercício diariamente, mas, mesmo assim, o peso  aumentou.
Quem diria que os 20 sprints, por dia, que eu fiz do sofá ao frigorífico não servissem de nada...

sábado, 23 de maio de 2020

Aquele orgulho ferido


Já repararam que reagimos de forma muito particular quando falam mal das nossas coisas e dos nossos? Fere-nos o orgulho? Percebi que, no geral, somos muito territoriais e defensores das nossas coisas.

Já me aconteceu eu estar a falar da terra de onde eu nasci num almoço, a um grupo de pessoas, em que uma das pessoas eu não conhecia sai-se com "Hiiiii, mas tu és lá do fim do mundo".
Wow, nasce em nós uma semi fúria, orgulho ferido, e apetece logo perguntar: "quem és tu pá  para estar a falar mal da minha terra?"
Ao que ele continua: é que eu moro cá há muito anos, mas nasci lá, sou teu conterrâneo.
E pronto ai, toda a fúria vai embora e passa para o extremo oposto. Yahh, nem a internet funciona, é uma seca, não há acessibilidades nenhumas. Ou seja, só os "nossos" é que podem falar mal.

É um pouco como quando falamos mal de portugal: "Ehhh, o ordenado mínimo é uma miséria, os profissionais são pouco valorizados", mas depois se ouvimos um estrangeiro falar mal de Portugal e salta-nos a nossa veia temporal, começa a saltar na testa, e saímos de nós, apetece logo dizer: "lá no teu país deve ser melhor, queres ver". Passamos dos dois extremos muito rapidamente.
No fundo é como falar mal do nosso namorado, mãe, amigos. Nós podemos, ou outros se dizem alguma coisa, saiam da frente, estamos pronto a aplicar um golpe de muay thai que desconhecíamos até que sabiamos.

Nós mulheres também temos uma coisa muito particular, quando uma amiga se queixa do namorado, podemos passar anos a ouvir que ele é um este, um aquele, um sem vergonha, um aqueloutro, mil e quinhentos defeitos, mas depois nós temos que ter muito cuidado, porque se insistimos muito que ele não presta, lá vem a fúria territorial, que nós conhecemos, somos logo obrigadas a corrigir o nosso discurso, epá "eu sei que ele foi uma besta (mas corrigimos logo para "um pouco insensivel"), mas certamente que não foi por mal, de certeza que ele tem uma razão válida para ainda falar com a ex namorada no whatsapp"...



sexta-feira, 22 de maio de 2020

Grupo das Bimbas



Aderi à bimby por intreposta pessoa. A sogra ofereceu uma bimby o que me torna bimbólica por associação. Classe que eu tenho ainda alguma resistência a aceitar que pertenço.
Ora ora, tenho uma bimby o que fazer? É uma espécie de maternidade para a qual nos temos que nos preparar e como o fazer da melhor maneira? Como? Aderir a um grupo de facebook, que é onde sabemos, que jorra a informação mais fidedigna do universo.
Desde aí, que eu faço o que posso para me controlar e não deixar lá uns comentários, que me dariam o passaporte para ser expulsa do grupo.

Então mas o que sucede no grupo das bimbys, aka bimbas, vá:

Perguntas que surgem:
Esta foi no pico do estado de emergência, pessoas a morrer, covid a acontecer, alma bimba pergunta: O que fazer para um jantar de 12 pessoas, em casa, para amigos?
Apetecia responder: Comece por colocar na bimby o seu cérebro, pique na velocidade 7 durante 2 minutos. Sirva em pequenas taças, leve ao frio e está pronto. Há pessoainhas poucochinhas, que não há?

Outra pergunta que vi esta semana foi:
Tenho 1kg de camarão cozido, o que fazer?
Apetecia responder: Comece por abrir uma mini, sente-se na varanda, descasque o camarão e mastigue por 30 minutos. Alterne com a mini e já está. Coma, caraças. O que fazer com camarão cozido,

Tenho alheiras que preciso gastar o que fazer?
Apetecia responder: Faça as alheiras numa sertã e adicione um ovo a cavalo. O que fazer a uma alheira? Amigos, eu já morei um mês em Mirandela, e jovem não estraga alheira. Parece-me aquelas perguntas tipo: Estou aqui no bar da praia, está um solzinho bom, estou sentado numa esplanada e tenho aqui uma super bock fresquinha à minha frente, o que fazer?
Tipo é que não se percebe.

Tenho imensos limões, o que fazer?
Amiga, faça limonada. Se a vida te dá limões... Já se a vida te der uma bimby, vai para um grupo de facebook fazer perguntas parvas...

Tenho 4 iogurtes em casa, o que fazer para os gastar?
Coma um por dia, ao pequeno-almoço, até terça-feira.

Comecei a fazer uma omelete, mas ainda está muito líquida, o que fazer?
Ora bem, realmente esta é difícil, ou decide sorver a omelete por uma palhinha ou então, de modos que, deixe estar mais uns minutos até a porra da omelete estar pronta. Valha-me deus.

Dá a impressão que se a Vorwerk vendesse acessórios, do género, como cesto de neurónios, dava um jeitaço.



quarta-feira, 20 de maio de 2020

Cheguei ao Podcast


Estou a aventurar-me no Podcast.
 Caso tenham curiosidade estou aqui.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

A casa

bedroom, decoration, and bed image

Soubemos hoje que os donos da casa que andávamos a ver e pela qual nos apaixonamos desistiram da venda. É estranho porque nos imaginamos a viver lá, porque sonhámos com as renovações que iriamos fazer. Enfim, custa um bocadinho, mas o que é isso num ano em que está tudo ao contrário, em que nada é aquilo que se estava à espera.
Este é o ano das reviravoltas.

Big Brother 2020

food, nature, and view image

Hoje assisti aos gritos e choros histéricos da concorrente vegan, porque estavam a cozinhar uma galinha. Não sei se vão passar as imagens, porque vi em directo, mas foi qualquer coisa...
Percebo que comemos mais carne do que efetivamente precisamos e que há vantagem em fazermos uma refeição vegetariana um dia por semana, por exemplo ou diminuirmos este consumo.
O mal de muitos vegan é que eles tentam evangelizar os outros a toda a força e estas fitas histéricas, os gritos, as acusações a quem come carne e peixe, epá... parece-me tudo muito fora do bom senso. 

terça-feira, 12 de maio de 2020

Valentina

ballet, baby, and dance image

Diminutivo de valens, valentis. Quer dizer “valente, forte, vigoroso, cheio de saúde".

É preciso nascer-se valente quando se nasce de um monstro, quando não nos calhou em sorte ter alguém que nos cuide, que nos proteja acima de qualquer coisa.
Desculpa Valentina por não te protegermos, por nós, sociedade, não termos percebido, antecipado e te protegido. Desculpa aquilo que sofreste, os anos que te tiraram, os sorrisos que te roubaram.

Não há justiça possível nesta situação. Anos de cadeia não apagam a dor que te causaram, não devolvem as gargalhadas que te tiraram. Desculpa que te tenha calhado alguém, que ao ver-te morrer, não tenha tido a humanidade de perceber o erro e ter chamado socorro, de perceber a monstruosidade do que estava a fazer, do que te estava a roubar.

Valentina que estejas hoje em paz, sem medo, sem receio, em segurança, que tenhas agora aquilo que não tiveste em vida, que onde estiverem tenhas tranquilidade, que é algo que nós, cá, não temos, enquanto soubermos que há pessoas assim e que pode ser o vizinho do lado, o senhor pacífico lá da fábrica, a senhora que frequenta a mesma aula que nós no ginásio.
Que a tua partida sirva de alerta, para que os educadores, as famílias, a sociedade prestem mais atenção e que se salvem outras Valentinas.

Hoje estás no coração de todos nós.

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Diários da Quarentena #7





Ando a comprar e a comer os meus sentimentos, if you know what i mean.

Já encomendei coisas no Leroy, que chegaram cá a casa num piscar de olhos, com o objetivo de chegar perto do que está na foto. Ainda estão nas caixas para o namorado aplicar. Comprei também um candeeiro, falta comprar um casquilho, para o colocarmos. Enfim, you name it. 

Já comprei roupa na Mango. Já encomendamos sushi, que nos soube pela vida, palavra d'honra. Nem vos digo nada... Eu consumista em recuperação, cujas compas andavam há anos nos limites mínimos e controlados, só no aniversário ou nos terceiros saldos, assim tudo muito contrado e agora isto, anos nos grupo dos shoppaólicos anónimos e agora isto...

sexta-feira, 1 de maio de 2020

Diários da Quarentena #6

Se eu vos dissesse as horas que passo ao telemóvel a falar com os meus pais e a tentar meter na cabeça do meu pai que não pode sair de casa e isto é um drama real e que não pode facilitar. Por que raio estas pessoas, que já deviam ter idade para ter juízo, acham que são os maiores e que já nada lhes mete medo. Óh nervos!

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