No meu último estágio consegui sentir o mau que pode ser se trabalhar em algo que se detesta e é das piores sensações.
Eu já só queria recomeçar e, de preferência, longe dali.
Senti que estava tudo errado, que era um lugar onde pouco ia aprender, para além de ter que lidar com uma orientadora que morria para se ver dali para fora e que não gostava nem um pouco do que fazia. Foi terrível. Foi a pior experiência que já tive. Mas finalmente acabou, nem sei como nem chorei de emoção quando acabou, tal foi o trauma.
Agora, ao contrário da maioria dos meus colegas que escolheram continuar nos mesmo lugares até ao fim, vou iniciar um novo e último estágio. Senti que aprendi tudo o que tinha para aprender e espero ir conhecer novas e melhores realidades. As novas orientadoras já me prepararam para a dureza deste novo estágio, dos turnos que podem chegar às 12 horas, do número de horas que vou passar de pé e dos quilos que ia perder durante este estágio.
Mas não me assusta mais do que voltar para o outro lugar, em que o dia era passado a contar os minutos. O facto de não ter aquela pressão psicológica, levar aquela frutração alheia, aquele olhar de óh esta juventude não percebe nada disto, já é perfeito. Para além de saber que pode ser duro, mas só de saber que vou aprender muito mas muito mais e que me vou poder sentir útil é, por si só, bastante melhor.