Eu adoro comprar prendas, mas detesto a pressão de ter que andar a comprar prendas.
Eu explico. Eu gosto de dar prendas, de dar um miminho, de pensar "isto vai dar jeito a esta pessoa", "vai ficar-lhe bem", "tem a cara da pessoa x". Agora aquelas compras de última hora, sob a pressão de "oh meu deus, tem que ser, porque depois não vamos conseguir comprar nada e tem que ser agora".
Prendas de última hora, prendas de natal, epá, não gosto nada, ter que andar a despachar prendas, souvenires à pressa, lembranças à pressão é péssimo.
Nada é pior do que andar a comprar prendas à pressão para 300 primas, tios e apêndices, em dezembro. Quando já sentimos que estamos pelos cabelos e estamos dispostos a comprar uma terrina com um pack de 6 taças ou uma vela com uma arvore de natal estampada, porque já estamos por tudo e já só queremos sair dali.
Como eu gosto de fazer as coisas:
Comprar as compras de Natal em Outubro/Novembro.
Comprar as prendas de aniversário do marido em Agosto/Setembro.
Comprar uma ou outra coisa já para situações inesperadas.
Como eu deveria fazer as coisas:
Para além de me organizar, como eu gosto mas nem sempre consigo, devia antecipar mais e comprar atempadamente. Quiçá nos saldos anteriores/promoções, de forma prática, quando nem estamos à procura, mas até vemos coisas giras. Que já não faz sentido oferecer naquele momento, mas que daria prendas fofinhas na próxima data festiva.
Este ano atrasei-me nas prendas do marido e já não vão chegar a tempo, o que prova que a organização compensa este stress das compras de última hora, dos prazos, das entregas.
Nós tentamos nos organizar, mas nem sempre conseguimos. As compras dos brinquedos de Natal costumam ser feitas em Outubro, percebemos que há promoções para acabar com stocks mais antigos neste mês, sobretudo na Auchan, antes de virem em força as campanhas de Natal. Por isso, já compramos ontem as prendas do afilhado para o Natal, mas faltam a dos bebés da família/amigos, que se multiplicam como cogumelos. Ontem compramos só uma pecinha para um, mas sem grande sucesso no geral, não havia tamanhos, não havia muitas opções híbridas, uma vez que não sabemos o sexo, das prendas dos bebés que já nasceram começamos a perceber que nos saldos lhes poderíamos dar, pelo mesmo valor, muito mais coisas. Enfim.
Acho que já faz sentido começar a ter um pequeno stock de coisinhas de bebé prontas para anúncios de amigos ou família, let's face it, vai acontecer, é tão certo como as francesinhas virem com batatas fritas e não vamos ter que andar como ontem, atrás de artigos de bebé para oferecer, em que depois não há nada de especial, são caros, quando nos saldos são a 1/3 do preço.
Agora se como eu gosto de fazer as coisas faz sentido? Não sei.
Ninguém que viva em apartamentos pode se dar ao luxo de fazer stock de seja o que for. Perde-se a espontaneidade do momento, não dá para trocar, mas olhem que andar, sob stress, de loja em loja isn't fun e temo que já não seja para mim, enfim. Uma vez vi num programa da TLC, sobre cupões, uma mulher que tinha um anexo já com as prendas todas preparadas do natal seguinte, se por um lado parecia meio robotizado e sem nexo, andar de loja em loja, sob pressão, para depois nem encontrar nada de jeito, não me parece muito sensato, para além de cansativo para xuxu. Ontem quando ouvimos o aviso da loja fechar, olhamos um para o outro e pensamos: "passamos aqui horas para levar isto?".
Não sei, vamos ter que negociar lá em casa um método conjunto.