quarta-feira, 10 de julho de 2019

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Quando aceitei este trabalho, na cidade onde estava o meu namorado, deixei bem claro que não queria morar junto. Nunca quis, não era novidade para ninguém.
Por circunstâncias várias foi exatamente o que aconteceu. Continuo nada confortável com a decisão que tomamos, mas dei tempo ao namorado, que na data achava precipitado nos casarmos mas que achava que devíamos morar juntos, dei tempo para amadurecermos a situação, para estabilizarmos a nossa vida e tomarmos o próximo passo posteriormente, com calma e respeitando o tempo dele.
Contudo, ele sabe que não gosto de viver assim, que me incomoda, que não é aquilo que eu acredito.
Passaram quase 3 anos desde que mudei de cidade, que mudei para vir atrás dele. 3 anos de 9 de namoro e nada. 
Não sinto que esta seja uma situação justa para mim. Não se pode dizer que não dei tempo ao tempo. Se ele não quer não posso forçar, mas também não posso ficar numa situação ad eternum que discordo, que não vai de encontro com aquilo que acredito.

10 comentários:

Coquinhas disse...

Compreendo e entendo o que dizes. Numa relação todos temos que ceder. Tu fizeste a tua parte. Mas essa decisão passa apenas por voltarem a viver cada um em sua casa certo?ou falas em algo mais decisivo?

Cynthia disse...

Não consigo entender a forma de pensar em que uma relação só faz sentido qd há um papel assinado. Acho mesmo triste q se desperdice uma vida a dois e um amor só por isso, especialmente já vivendo juntos e sendo q o casamento não vai, na prática, mudar nada. Posto isto e pq é apenas a mnh opinião, não te estou a tentar convencer de nada, concordo que se não estás bem assim e se sentes q não remam os dois para o mesmo lado, há q fazer algo para mudar. Boa sorte!

Eva Luna disse...

Mais do que um papel estamos a falar de convicções, de eu saber que estarmos na mesma página, de querermos o mesmo, com as mesmas certezas. Da pena que é não termos tido as mesmas convicções há algum tempo atrás, em que podiamos viver isto com o mesmo entusiasmo e não com esta descrença.

A minha ideia não é acabar, mas sermos honestos em relação ao que queremos e termos o espaço para percebermos o que é mais correto, o que é que faz mais sentido. Se há hesitações da parte dele então é uma forma de lhe dar espaço e tempo para resolver essas coisas de forma pacífica. Não somos obrigados a ficar juntos, ele não é obrigado a aceitar a decisão que eu tomar, mas eu tenho sido obrigada a viver com a decisão dele em manter as coisas exatamente iguais desde que fomos morar juntos, apesar de saber que não é aquilo em que eu acredito, temos os dois uma vida inteira pela frente e devemos fazer isto de forma mais honesta possível.
Se, por alguma razão, ele não se sentir à vontade, se sentir pressionado ou hesitante depois de tudo o que vivemos então é a razão certa para não fazermos isto, para não casarmos, mas é justo eu saber disso e escolher dar um passo atrás e equacionar se faz sentido estar numa relação com alguém que não me mostra as mesmas certezas que eu.

Entendo perfeitamente uma pessoa que não seja católica, que sempre viveu na cidade, que nunca casou ou que já se divorciou ou que os pais sejam divorciados e isso não seja problema nenhum, que possam lidar com esta questão do casamento de outra forma, que não perceba ou não dê importância se as pessoas casam ou não e em que isso não é algo de valor para que duas pessoas fiquem juntas, lamentavelmente eu não sou essa pessoa.

Anónimo disse...

As pessoas são todas diferentes. Por exemplo, o meu namorado já deixou bem claro que não quer casar, não quer ter filhos, não trocamos presentes no aniversário nem em situação nenhuma nem dizemos "amo-te". Vivemos separados embora sejamos adultos e independentes. Ele mora em casa dos pais (e já tem 40 anos), eu tenho 30 e moro na minha própria casa sozinha. Ele ainda não quis juntar os trapos. Mas sabes que mais? Eu respeito. Sei que ele gosta de mim à maneira dele, sei que se precisar ele vem imediatamente ter comigo. Só não o vou pressionar a que as coisas aconteçam como eu gostaria. Ele também tem opinião. Eu não preciso de muito para ser feliz, basta-me sentir que ele gosta de mim. Como vês... A minha situação é bem diferente da tua, provavelmente para ti não dava, tão como não dava para várias pessoas que conheço. No teu caso, conversa com ele, se casar é tão importante para ti (confesso que nos tempos de hoje não consigo perceber, mas respeito) vejam a melhor forma de ficarem ambos felizes. Mas não o obrigues a tomar uma decisão que ele não quer... Porque até o pode fazer para te fazer feliz, mas depois é difícil que corra bem.

Anónimo disse...

Quero dizer que não te sintas sozinha ou incompreendida nessa forma de pensar. Tenho 25 anos, relação há 7, penso e ajo da mesma maneira. Tal como no teu caso, a outra parte tb está ciente que é essa a minha posição. Para já, ainda estamos a trabalhar em cidades bem diferentes mas, quando houver aproximação, não sei como será o equilíbrio de opiniões. Na situação em que estás, sem dúvida que faria o que te propões fazer, dava o "passo atrás". Tudo de bom!

Sara disse...

Compreendo perfeitamente a tua posição. E se sentes isso, acho que é o que faz mais sentido para ambos! Não é justo teres que "ficar" a viver de uma forma que não seja a que queres. Todas as opções são válidas mas os dois têm que estar em sintonia. Eu não sou casada e vivo com o meu namorado há quase 5 anos. Nunca tive o sonho de casar, e não vejo como um objectivo que tem que ser atingido, mas percebo perfeitamente a tua posição. Na verdade acho que esta minha visão foi toldada pela visão do meu namorado, filho de pais divorciados, com pouca crença no casamento.

Anónimo disse...

Olá! Nunca comentei e já te leio há anos. A verdade é que de várias situações que aqui contas sinto sempre q ele não te merece, não se esforça pelo objectivo comum. Não demonstra vontade no casamento, também não tem iniciativa para as férias...

Nunca te vi mais gorda, mas por tudo o q escreves, pareces ser uma rapariga com a cabeça no lugar. Mereces mais.


3 anos é mais do que suficiente para o teste do “deixa ver como corre”. Se é importante para ti, não abdiques disso. Ele até pode não acreditar no casamento, mas amor também é fazer “um frete” de vez em qdo.

Desculpa a intromissão (não precisas aceitar o comentário) mas sinto mesmo pena q uma mulher de garra como tu tenha de abdicar de um objectivo. Tudo de bom

Eva Luna disse...

Obrigada pelos comentários, percebo todos os pontos de vista.
Ainda ontem em conversa com a minha chefe, que no caso dela não liga nenhuma a casar ou não, dizia-me que o facto do namorado aceitar outras pedidos de amizade de mulheres nas redes sociais é algo que coloca em causa o relacionamento deles.
E assim percebemos que o que é insignificante para nós é realmente muito importante para outra pessoa. Acabamos por julgar um pouco "este filme só porque seguiu pessoas no instagram, por favor"..., "este filme só porque que não quer viver junto, por favor". No fundo há coisas que são importantes e diferentes para todos nós ou pelo ambiente onde nascemos, pelas coisas em que acreditamos e nos identificamos, nas inseguranças que temos. É válido se formos honestos com a outra pessoa desde o início.

Nota importante: o namorado quer casar, comigo é que parece estar difícil :)

J* disse...

Convicções, vontades, desejos, objectivos todos temos e cada um com o seu. Concordo plenamente que numa relação temos de ser o mais honestos possíveis. E se alguém se sente desconfortável com uma decisão que tomou temporariamente e não a vê resolvida acho sim que devem conversar sobre isso e tentar perceber o que não os leva a avançar. Independentemente de concordar com as suas ideias ou não, acho que está certa em querer ver esta situação "resolvida"!
https://jusajublog.blogspot.com/

Effy Stonem disse...

Espero que as coisas resolvam pelo melhor :s

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