domingo, 13 de outubro de 2024

Nem me apercebi que o link não estava funcional, vamos ver se é desta:

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

[...]

Hoje preciso falar-vos de um amigo meu. Tenho um amigo que perdeu o pai quando era bebé, faleceu.
Desde sempre foi ele e a mãe contra o mundo. Contudo, a mãe teve cancro e faleceu ainda andávamos no secundário. Ele ficou sozinho, órfão, sem irmãos ou família próxima.

Uma dor de alma de ter calhado esta sorte a uma das melhores pessoas que conheço, ele tem um coração mesmo bom.
Seguiu da aldeia, no norte, para a cidade sozinho e licenciou-se em Lisboa, sempre focado, sempre resiliente.

Casou e quis criar o seu próprio projeto, um projeto de agricultura biológica para "respeitar a flora e o meio ambiente", a par disso era sapador florestal e trabalhava no MacDonalds. É uma pessoa de trabalho e os equipamentos, licencias e afins começaram a avolumar-se e começaram a haver muitas contas para pagar.

A mulher, enfermeira, alistou-se no exercício e hoje faz missões em zonas de tensão com a Rússia, para tentar ajudar a equilibrar as coisas. Está muito tempo fora, em sacrifício.
Ele fica cá, sozinho, como já há vários anos lhe calhou, infelizmente, em sorte.

Agora é bombeiro e tirou o curso de TvDE para trabalhar nas poucas horas que sobram, porque precisa de dinheiro para alimentar o seu sonho.

Depois de muitos anos de licenciamento este ano a produção arrancou e, a esposa, militar que agora está cá, ia todos os dias cultivar as coisas de noite, com uma luz. Aqueles terrenos são terrenos que ele herdou da mãe, os terrenos e a casa são o que restou da sua família e então fazem o esforço de tentar ver aquilo prosperar.

Nestes incêndios toda a sua produção ardeu. E é aqui que nos congela o coração. Ele, que nunca baixou os braços, nunca, começa agora a fraquejar. 

Eles têm um tratamento de fertilidade uma transferência de embriões marcada para dia 30, mas estão os dois de rastos. São tratamentos muito caros e têm falhado ao longo dos anos. 
 

Não haverá uma única pessoa que não diga que ele merece o mundo apesar de tudo o que sucessivamente lhe vai acontecendo. 
Enfim, é uma triste realidade. Enquanto ajudava outros perdeu aquilo que tinha, o seu sonho, só restou a dívida enorme que contraiu para investir na agricultura.


É muito difícil saber como ajudar este meu amigo, mas ainda assim queria pedir-vos que assinem uma petição, que pede ao parlamento que analise a equiparação de incêndios intencionais como atos terroristas. Pelas vidas que se perdem e que destoem, pelo meio ambiente, pela fauna e flora e pela gratuitidade com que se inflige terror no outro, sem remorso, sem peso na consciência. Se puderem, por favor, assinem:

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Pergunta

Há aqui alguém de tomar ou que esteja a morar em Tomar?



quinta-feira, 12 de setembro de 2024

ma.ter.ni.da.de

 


Em 8 meses não vi um filme, não vi sequer episódios de uma série, fomos 2 vezes almoçar fora.
Contamos pelos dedos o que conseguimos fazer fora desta realidade, que é ter um bebé.
Não me incomoda que tenha sido assim, acho que faz parte estar disponível para ele, apesar de ter pena que tenha sido assim, por nós, mas sobretudo por ele. Não acredito que pudesse ter de outra forma. O meu bebé teve muitas cólicas, durante meses, não fazia cocó sozinho, a irritabilidade dele andava sempre lá em cima, o tempo fora de casa era contado e ainda hoje me soa "estranho" conseguir estar um bocadinho mais na rua, como ele, e ser exequível.

 Foi tudo muito difícil, mas não há recompensa melhor do que o ver crescer, aprender pequeninas coisas, perceber a sua personalidade. É todo um mundo novo.

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

As férias possíveis este ano


Este ano não tivemos viagens e as férias foram a tratar de coisas do dia-a-dia.
Só conseguimos dar uma fugida a Fátima e ficamos na Batalha, uma noite.

Fui a Fátima e eu sinto sempre uma energia diferente lá, mas desta vez foi diferente, ao entrar lá deu-me uma vontade de chorar que nem sei dizer, nunca me tinha acontecido. Não chorei por vergonha, acho eu, mas devia ter chorado.
Ali dei-me conta da dureza de algumas coisas que passei, de que ainda carrego algum do peso deste ano, ali percebi que deixou marcas, apesar de achar que estou emocionalmente ok, não estou incrível, mas não fui abaixo. Estou num estado meio-meio.
A minha doença voltou subitamente e voltei a não conseguir fazer a minha vida normal, a cada pequena coisa que fazia parecia-me um esforço enorme e tinha que fazer uma pausa, é incapacitante. Já estou medicada, mas não sinto que já esteja bem. Sei que é um caminho, desta vez o mais provável é ter que ser operada.

Não me sinto on top of my game, nem física, nem psicologicamente. O parto foi muito duro e carrego, ainda, consequências físicas desse momento. 

Vamos ver como é que as coisas evoluem, sinto-me a caminhar sobre vidro, ainda a tentar medir a força e o peso que trago comigo, deste ano pesado, para não o estilhaçar.

Olá pessoas




Desculpem a ausência, mas tem sido difícil, tem sido uma jornada desafiadora.
O meu bebé já está mais crescido, entrou na creche, hoje já voltou doente, a minha doença voltou, estou numa fase de make or breake no meu trabalho. 

Faz-me falta escrever aqui, prometo que vou tentar voltar.

quarta-feira, 24 de abril de 2024

...

O meu ego foi fortemente abalado hoje. 

Cheguei a uma universidade para uma formação, de sapatilhas, mochila do pc nos ombros, a achar que me ia misturar na boa com os estudantes.

Andava lá a tentar perceber onde é que era o auditório, sem sucesso, até que perguntei a uma miúda... Ela tenta ajudar mas fomos interrompidas pelo telemóvel dela a tocar, ela atende e diz: " espera aí, que eu estou aqui a ajudar uma - senhora -... 🥲


Ok... Compreendido... 

quarta-feira, 17 de abril de 2024

...


Há 4 meses que não durmo na minha cama. Mudamos de quarto para tentar não incomodar os vizinhos, uma vez que o bebé só aprendeu a gritar desde que nasceu e amigos... é um diferença enorme, tenho tantas saudades.

A outra cama é uma cama só para desenrascar as visitas que passam por aqui, não passa de um estrado e um colchão e faz imenso barulho quando nos mexemos, o que é ótimo para acordar o baby. Mal posso esperar para voltar para a minha caminha. 

É que da todo o ar de...


 É impressão minha ou o Arrumadinho quer repovoar Lisboa?

segunda-feira, 15 de abril de 2024

Taskmaster

 É o programa mais engraçado da televisão portuguesa.

É só a mim...

Que dá medo quando as pessoas se juntam a cultos religiosos duvidosos?

Eu tendo a achar que farejam as fragilidades das pessoas e que lucram em cima dessas mesmas fragilidades.

Uma jovem que trabalha comigo entrou agora para um culto e parece que "viu a luz", coisa que eu acho sempre um bocado assustadora.

terça-feira, 2 de abril de 2024

Fanfos, para vós tudo:

Leggings, frigideiras, Smartwatch, pranchas de alisar o cabelo, a Prozis com um jeitinho até tem o vosso ex à venda. Vão por mim. Espreitem os descontos:

Link na imagem:

Código de desconto: LANCHES10


sábado, 23 de março de 2024

O mundo está um lugar estranho

Voltaram os atentados, há ameaças de guerra explícitas contra o ocidente, mas que ninguém parece querer prestar atenção, há a possível eleição de Trump e a sua consequente saída da NATO, o chega elege 50 deputados, a Kate tem cancro, a guerra na palestina está a matar pessoas de fome.

Que lugar estranho este, sinto medo como nunca tinha sentido, receio que no futuro lidemos com coisas que até então julgavamos impensáveis, distantes, circunscritas aos livros de história e filmes de época.

Esta semana voltei a ouvir falar da necessidade de trazerem de volta o serviço militar obrigatório. Como assim? Lembro-me bem do medo que havia em que pudessem chamar o meu irmão para a tropa, lembro-me do alívio quando passou à reserva. É indescritível o que se sente quando acaba um telejornal. 

Que mundo horrível lá fora. Abracemos muito os nossos, façam-no sem reservas, que o mundo é um lugar estranho e só o amor consegue dar-nos forças para acreditar que há esperança.

terça-feira, 19 de março de 2024

Mais um dia e cá estou eu no meio de dois fanfos a dormir.

Nem sempre temos a feliz certeza de perceber "está tudo certo, é por aqui o caminho". Eu sei que é por aqui o caminho.

Não quero apressar o futuro, mas olho com expectativa para o dia em que saiba o quanto gostamos dele, o quanto queremos brincar e vê-lo crescer, espero também tentar que não perceba que o medo que nasceu de mim, naquele dia, junto com ele.

Sei agora que nunca mais serei inteira, andará um pedaço de mim aí pelo mundo e isso é assustador, pensar que não seremos mais uma unidade (porque sinto que ainda somos quando ele está no meu colo), que terei que o partilhar com o mundo, confiar nas mil escolhas aleatórias, frágeis acasos de sorte, que o destino guarda para nós todos os dias.

Gostava de ensiná-lo a ser forte, mas que também faz bem chorar e que não é preciso ser-se forte o tempo todo. Ensinar que ser forte não significa ser-se indiferente. Ensiná-lo a fazer o bem, a esperar o melhor dos outros. Ensiná-lo que há sempre um caminho, que coisas acontecem e que o amor nos ampara.

Há, pela primeira vez, o medo real de morrer, porque os pais são sempre decisivos na vida dos filhos.

Há também muito poucas coisas em que se consiga ter um efetivo controlo nesta vida. Ter um pai determinado a providenciar, a fazer tudo por nós foi uma sorte que eu tive, que me aconteceu. Ter escolhido um bom pai do meu filho não foi sorte ou acaso, sei terminantemente que sou demasiado racional para o fazer com quem não achasse que seria um pai extraordinário.

É um pai presente, paciente, cuidador. É também ele um pai bebé, uma vez que é pai há 3 meses. É alguém que nasceu para ser pai, sei que o encorajará e dará o espaço para que ele avance sozinho, mas com a certeza que se olhar para o lado sabe que tem sempre alguém a quem dar a mão.

Quando nasce um bebé e nos trocam o nome por "pai de... Mãe de.. " isso só acontece porque esse é dos papéis mais importantes com que nos depararemos e faz sentido honrarmos esse desafio a que nos propusemos.

Feliz dia do pai,

Ao dia que também dá um aperto gigante a quem já não tem o pai por perto, a quem quer ser pai e não consegue. Perto ou longe, na terra ou nas estrelas importa lembrar o amor, porque é esse que fica, esse é que nos molda, nos alimenta nos dias bons e menos bons.

Feliz dia filho, porque se Deus der tempo saberás o que é amor, um amor que não acaba, saberás o aperto desconfortável de mil abraços, do calor de mil beijos, do aconchego no cobertor de milhares de noites.

quarta-feira, 6 de março de 2024

A votos

Eu não sei se é o sentimento - quase - geral mas eu não me identifico na totalidade com nenhum partido.

Por um lado fica difícil, por outro votar é obrigatório neste contexto. Sinto que já estamos à demasiadas eleições a votar não no melhor, mas no menos mau. Sentimos todos, acho eu, este descrédito e que as pessoas estão na política para se servir dela e não para nos servir a nós.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2024

[...]



 7.19h

Dois fanfos dormem cá em casa e eu aqui a olhar para o teto.l

Ao lado direito fanfo maior, aquele que antes acordava com um mosquito hoje é daqueles que pode passar um camião que ele abre o olho ainda a dormir e apaga no minuto a seguir. A paternidade cansa.

Ao lado esquerdo fanfo menor. Fez barulhos há mais de meia hora e eu pensei "quando acordares nem vais ter tempo de chorar..." e fui logo preparar tudo. Afinal diz que não e quer é dormir. Tudo bem, no hard feelings.

Aqui estou eu ensanduichada de fanfos e sem perceber como cheguei aqui. A maternidade foi algo sobre o qual eu nunca pensei muito e que é um desafio diário, os pais e mães solo deviam receber uma medalha e um baú com moedas de ouro cravadas a esmeraldas. Isto é um desporto só para duros, tipo kickboxing, isto é para quem aprecia levar porrada.

A maternidade é incrível, btw lágrimas contam como skincare?

segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Olá xuxus



Não faleci, mas quase (estou a brincar,  quer dizer mais ou menos).

Pois que já tive o rebento, pois que foi toda uma complicação, a epidural não funcionou, estive horas a levar com oxitocina, drogas em geral e com as contrações, pois que acabei a coisa com tensão a 4 a ser levada de maca meio desmaiada tipo Anatomia de Grey style, a revirar os olhos e a ir para o internamento sem o marido saber se eu ia falecer ou passar bem. Foi giro, só que não.

A recuperação foi um filme e fiquei com o pipi com tantos pontos como uma manta de arraiolos, mas adiante.

O bebé nasceu bem (graças ao senhor, quase 4kgs, com bochechas fofas e um mau feitio que sai ao pai, estou a brincar... estarei? nunca saberemos), contudo é um bebé que não aprendeu a chorar, apenas gritar como se já percebesse que nasceu numa família de pobres remediados e que a herança que o espera são terrenos no fim do mundo, quase em terra de nuestros hermanos, que nunca vão valorizar, em vez de prédios na capital. Eu sei que é duro miúdo, mas é o que temos.

Só tem dois modos: a dormir ou a gritar. Tem muitas cólicas, muitos gases e muitas dores, já tem acompanhamento em consultas de osteopatia onde o levamos a fazer massagens todas as semanas (esta geração já nasce com um status que eu vou vos contar...), andamos a testar formulas diferentes e afins, mas sem sinal de coiso.

Aceito conselhos, mas sobretudo fraldas, mas vá... também conselhos. Se alguém desse lado já tiver passado por isso e tenha descoberto a fórmula mágica. Fórmulas, massagens, santos que acolham este tipo de solicitações, o que entenderem partilhem.

Beijinhos xuxus, bom ano!

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