terça-feira, 22 de outubro de 2024

A propósito do que partilhei aqui





Estamos num momento em é muito fácil os jovens não darem valor a nada, tudo tem que ser o melhor, tudo tem que ser imediato, tudo tem que ser exatamente como eles querem, que não sabem lidar com frustrações, que o mundo acaba só porque a mais pequena coisa não correu como queriam. Penso muitas vezes no exemplo do meu amigo, que perdeu tudo várias vezes e tentou sempre continuar e ultrapassar as dificuldades. Sabem aquela pessoa que não tendo nada está sempre bem disposta, pronta a ajudar, a dar a camisola que tem vestida?

Mesmo para nós, amigos, é muito difícil perceber como tanta coisa má pode acontecer a uma pessoa genuinamente boa. Enfim, o texto que ele publicou nas redes sociais depois de lhe ter ardido tudo, por fogo posto, gerou um alerta na minha cabeça, enquanto o meu marido (e que mal o conhece porque fui eu que andei com ele na escola) chorava porque era tudo demasiado mau (e ele não é de todo de chorar), o facto de ele ter dito que desta vez estava sem forças para lutar deixou-me assustada porque se há coisa que nunca aconteceu nestas infelicidades foi ele falar em desistir, nunca nunca. Quando li, pela primeira vez, que ele tinha vontade de desistir. Fiquei gelada, não sei qual o sentido da frase, não sei quão desanimado e desalentado ele possa estar. calculo mas não sei o que se passa naquele coração, mas não chorei, entrei em modo "ok, vamos ter que tentar fazer alguma coisa".

Pois que a história dele merece ser contada, mesmo, e não por mim, por ele. 

Então isso VAI MESMO ACONTECER. Se tudo correr bem ele vai estar no programa 2 às 10, esta quinta-feira 24. Se quiserem espreitar é certamente um bom exemplo para todos nós, que desanimamos com pequenas coisas, que "uma pedra no sapato" nos incomoda durante dias, aos jovens que, mesmo privilegiados, só conseguem ver o lado meio vazio de tudo.

Se puderem ler e assinar a petição, para mim era muito importante, estas pessoas que fazem mal deliberadamente, com propósito, não podem andar na rua como se nada fosse, as penas têm que ser proporcionais à dor, à perda, às mortes que causam.

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