quarta-feira, 31 de março de 2010
Eu sou a favor das cartas de amor. Completamente. Voltem cartas, estão perdoadas.
Que mania esta das mensagens, dos email's, do messenger. Eu quero as cartas de volta. Quero de novo a concentração de desenhar a letra redondinha, a estética perfeita de uma carta pintada de Bic azul, do stress que era quando nos enganávamos, podia ser insignificante, mas já nunca era a mesma coisa, e invariavelmente dava o impulso de voltar a escrever tudo again.
A minha principal preocupação é depois.. e depois na hora do "temos que falar", da cena do " a culpa não é tua, é minha ", do " tu não mereces" e outras pérolas que tais, e nessa hora que se faz? Volta-se para casa e queimam-se as cartas.. Espera, já não há cartas.. tiram-se as folhas dos envelopes e rasgam-se ali, mesmo à frente dos olhos e se jura "nunca mais". Espera. Guess what? Não há cartas. Nem bonitas, nem feias, nem amassadas, nada. Cartas que tenham poucos anos, há? existem? Onde andam, humm?
Sendo que, não há como as rasgar, que é expressar fisicamente um ritual de cessação, de fim, e apagar uma mensagem do telemóvel, ou excluir um email, mandá-lo para o lixo virtual, não tem o mesmo dramatismo da cena.
Deveriam-se escrever cartas.. quanto mais não fosse, para poderem ser rasgadas no final.
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1 comentário:
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