quarta-feira, 25 de agosto de 2010
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Olhe à sua volta . Há uma probalidade 90 por cento de estar com a pessoa errada. É um genocídio sentimental. (...)
Aprendemos desde pequenos que saudades são coisas boas. Vem nos livros. (...)Balelas! Podemos protestar, sim senhor! A saudade não é maravilha nenhuma: é apenas sinal de que há alguma coisa que não está bem. Há alguém que não está onde devia estar. O país é errado. A pessoa com quem jantamos é um engano. Saímos à rua e somos rodeados por sobrinhos de outras pessoas. Apanhamos um autocarro cheio de raparigas e nenhuma delas é seguramente a rapariga em que estamos a pensar. Chove. Anda tudo trocado.
in As Minhas Aventuras da República Portuguesa, Miguel Esteves Cardoso
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