terça-feira, 28 de dezembro de 2010

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Esta a acabar um ano.
Já fez pouco mais de um ano que acabei um relacionamento. Graças a Deus que a sensatez, por fim, baixou em mim.
Impressionante como passaram 3 anos e como todos eles se esfumaram, se diluíram em nada. Acabou sem mossa, sem pena, sem saudade. Acabou e esfumou-se.
Fui a bitch da vida dele. Engraçado como a língua inglesa têm muito mais nível mesmo numa palavra feia, ao contrário do deslavado que soa em português, muitos desses termos. A acústica das palavras é muito mais suave e polida. Enfim.
Acho que quase todos os homens têm uma. E eu sei que fui a dele.
Parti-lhe o coração aos pedacinhos. Sim, verdade. Não por opção, mas porque não havia outra forma. Toda a gente via o que nós não víamos, que não havia sentido naquela relação. Que pouco ou nada batia certo. Eu apercebi-me após três anos, que afinal, não era normal eu não querer estar com ele. Que não era normal não ter borboletas no estômago ou mais que tudo, saudade.
Podia estar dois meses sem o ver que estava perfeitamente bem. Eu sabia disso, ele sabia disso. Como é que alguém se acomoda a algo assim? Ele.
Se ele estava disposto a estar comigo mesmo assim. Mesmo nada fazendo sentido, mesmo eu não o amando.
Como é que alguém aceita algo assim? Ele aceitava. Tudo era válido para não me perder. Disse-lhe que não, que não podia continuar algo assim. Parti-lhe o coração.
Disse-me ele, que até podia, um dia, voltar a gostar de alguém mas nunca mais voltava a amar assim.
Quebrou-se a mística. Ele achava que eu era a melhor pessoa do mundo. Quebrou-se, com certeza, a mística. Deveria ter passado a ser a pior pessoa alive, digo eu.
Mas, fiz o que tinha que ser feito. Errei, apenas por ser tarde. Mas, achava que gostar era assim, que era normal.
Ele era crazy about me. Fazia mil coisas. Mobilizava o que fosse preciso. Fazia cenas sem noção. Tive medo que nunca ninguém me amasse como ele amava. Achei que seria tola em por em causa um relacionamento com alguém com as caracteristicas que todas as pessoas procuravam. Para mim, felicidade era aquilo. Pensei que fosse insanidade po-lo em causa só porque não havia borboletas.
Só que, as pessoas têm mais é que procurarem ser felizes, sem medo de puxar a toalha e quebrar a loiça toda. As vezes é preciso recomeçar. Dar um novo sentido. Sem medo.
Passou um ano e o único pensamento é.. felizmente que acabou.

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