quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
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Já lá vão quase vinte anos.
Passaram num instante, duas décadas de vida.
Se tivesse que dar a vida por alguém, morreria feliz. Mas no caso de dar a vida por alguém, porque morrer por morrer é uma chatice, um desperdício.
Fui e sou feliz, sem dúvida. Foram altos e baixos e conquistas e desilusões. Valeu a pena. Valeu cada segundo.
Valeu pelos pais, pelo irmão, pelos amigos, pelos amores e pelos desamores. Valeu pelo namorado. Valeu por ter errado e aprendido, valeu mesmo pelas más pessoas, por aquelas verdadeiramente más, que conheci, valeu por saber que sou melhor, que poderia ser como elas mas não sou, que sou mais, que sou melhor.
Arrisquei. Cai - literalmente. Curei as feridas. Jurei para nunca mais. Voltei a arriscar. Voltei a cair.
Há coisas que me falharam. Devia ter viajado mais, feito mais voluntáriado, não ter sido tão chata e inflexível. Paciência. Espero melhorar.
Fui perdendo coisas, fui perdendo pessoas ao longo do tempo. Mas as mais importantes estão comigo, que é o que importa.
Errei mas fui sempre fiel aos meus princípios e a mim mesma. Nem sempre sou a melhor no que faço, mas acho que os meus pais têm muitas razões para se orgulhar, sim.
Parece que a vida lá fora não pára. Que os anos não se compadecem. Parece-me justo, mas soa-me aflitivo.
Em vinte anos, descobri que adoro saltos altos e Miguel Esteves Cardoso, que não suporto ler Isabel Allende e que gosto de comer porcarias e de dormir até tarde.
Descobri que não há melhor que apanhar sol e que as ondas do mar gostam de tentar levar peças de biquini. Que gosto de baguetes de delícias do mar, da Pans, e que não suporto McDonald's. Que tenho pouca paciência para coisas que não gosto e que sou chata, chatinha. Enfim.
But, i'm so me. E tem dias, que eu até gosto disso.
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