segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

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Parece que está quase aí o dia dos namorados.
Maus tempos para quem não suporta coraçõezinhos, montras in red, e casaizinhos que deambulam, de uma forma particularmente intensa, acoplados por ai fora.
Já achei alguma piada ao dia, quando as coisas era um pouco mais inocentes, quando o amor era uma coisa mais subjectiva. Das cartas anónimas, das prendinhas de pessoas inesperadas, dos ramos de flores de pessoas com quem nunca tinhamos falado ou dado a mínima atenção, como já me aconteceu. Significava que eramos agradáveis a alguém, que as pessoas gostavam de nós. Era fofa a infantilidade da coisa.
Mas, nunca suportei lá muito bem o facto dos restaurantes cheios de "pombinhos", do cinema atolado de aparentes eternos apaixonados. Dos jardins, cheios dos mesmos. Por onde quer que se ande lá aparece do nada mais um, são pior que os cogumelos.
Pois, haja paciência. E disso, humm, disso não gosto.
Diria que é mais seguro convidar um tipo de leste para nos segurar a mala do que ir ao cinema em dia dos namorados. Diria eu, não sei.
Hoje, que o amor é muito mais do que aquilo que eu pensava que fosse, é um dia normal, absolutamente normal. Dia dos namorados é todos os dias. Todos os dias cada um faz cedências, cada um dá tudo de si, incansavelmente, invariavelmente. Cada um faz surpresas sem motivo, ou data especial, cada um tenta tornar cada dia especial. É motivo para festejar podermos estar mais um dia juntos e não por ser o dia dos namorados.
Se houver planos não digo recuse ou fuja por ai fora desalmadamente, mas é apenas mais um dia. Um dia que se quer que seja em grande, tal como todos os outros.

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