domingo, 7 de agosto de 2011

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Não sou muito dada a grandes confianças.
Não sou muito dada a grandes conversas logo no primeiro instante. Gosto de sentir a terra que estou a pisar. Gosto de ir desbravando algum terreno, ter algumas certezas antes de mostra quem sou.
São raras, e talvez até conte pelos dedos das mãos, as vezes que fui expansiva na primeira vez que conheci alguém.
Não chamo ninguém de melhor amiga num mês, nem em um ano e dificilmente me dou a conhecer tal como sou, nos primeiros meses.
Sou assim, não é algo que tenha decidido ser, ou nenhuma atitude que tenha decidido tomar. Apesar de tudo do que possam dizer, gosto e reconheço as vantagens de ser assim.
Só dou confiança a quem quero.
Logo, consigo controlar melhor com o que é que posso contar. A minha teoria é que as pessoas só abusam porque lhes é dada confiança a mais, a más pessoas, a pessoas erradas, e, sobretudo, mal intencionadas.

Uma colega minha no outro dia disse-me, que lhe disseram, "que me achavam muito altiva, meio que a roçar a arrogância e a indiferença, que quase que se sentiam amedrontadas/os comigo." Soou-me a elogio. E é assim que eu quero ser.
A escolher os meus a dedo. Destrinçar o diamante, da pedra. Para é que quero pedras na minha vida? Ela, por si só já nos dá tantas.
Sei que os maiores abalos só podem ser causados por pessoas muito próximas, então quanto melhor elas forem escolhidas menos hipóteses tenho de uma facadinha que me afecte.

Já vi tanta gente a ser mal falada por supostos amigos e amigas, "ai, tao amiguinhos que nos somos" e mal viram costas, espetam mais um bocadinho a faca, torcem e retorcem até sair sangue. Já vi tanta gente a contar segredos, que os ditos amigos lhes contaram em confiança, já vi tanta gente a fazer troça de quem mais os ajuda.
Tenho comprovado esta teoria com o que vejo, as pessoas que mais dão confiança a toda a gente, estão mais susceptíveis de más coisas, de más pessoas ( e o que há por ai de más pessoas.. ).
Porque o ser humano é naturalmente ingrato, esquece-se rapidamente. A memoria é algo que se dissolve facilmente com o tempo, porque cada um quer chegar onde quer, esquecendo-se que há pessoas pelo caminho. São capazes de tudo. Das piores coisas.
Quanto menos é a confiança que se dá indevidamente, menos as pessoas abusam, menos os outros sentem fragilidade, menos conhecem os pontos fracos de alguém, mais forte ele é e menos esse alguem é atingido.

Aos meus verdadeiros amigos eu chamo de núcleo duro, e é por alguma razão.
Valerão sempre mais 5 bons amigos do que 100 medíocres colegas.

2 comentários:

Deia disse...

Concordo perfeitamente no que escreveu. Vejo que é uma pessoa selectiva por quem quer ter a sua volta. Também me enquadro nesse grupo de pessoas. vale mais ter poucos mas bons, nem que se contem pelos dedos :)

Felicidades

Eva Luna disse...

Exactamente, pelo menos é isso que eu penso. :)
Obrigada Deusa.

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