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Há 15 dias atrás foi o dia.
O recrutamento que fiz foi para o lugar que eu deixei.
Já tinha aqui falado que tinha mandado currículos para todo o lado, e só ouvia o som dos grilos no horizonte, até que 6 meses depois o telefone finalmente tocou.
Estava cansada, exausta melhor dizendo. Fazia diariamente 4 horas de comboio, estava 10 horas no trabalho e resolvi que era hora de começar a mandar currículos.
Acordava às 6 da manhã, inclusive ao sábado, e normalmente só chegava a casa às 21h. Nem sei como consegui aguentar tanto tempo. É certo que tinha um contrato sem termo, coisa que arrisco a não colocar os olhos nos próximos anos, mas o cansaço físico e psíquico era enorme.
Estava cansada, exausta melhor dizendo. Fazia diariamente 4 horas de comboio, estava 10 horas no trabalho e resolvi que era hora de começar a mandar currículos.
Acordava às 6 da manhã, inclusive ao sábado, e normalmente só chegava a casa às 21h. Nem sei como consegui aguentar tanto tempo. É certo que tinha um contrato sem termo, coisa que arrisco a não colocar os olhos nos próximos anos, mas o cansaço físico e psíquico era enorme.
Deixei uma empresa onde os patrões encaram o trabalhador como uma despesa e um encargo. Onde não há reconhecimento de mérito nem qualquer incentivo anímico, quanto mais de outra ordem. Uma empresa onde os patrões acham que os trabalhadores é que precisam deles e não o contrário (deram-se mal porque os despedimentos são sucessivos e os que saem vão levar know how que vão demorar meses a capacitar outras pessoas para o fazer. Ups, quem é que precisa de quem afinal?)
A mim diziam-me que o meu salário, que era uma miséria, era uma enormidade para a empresa, que eu lhes "levava o dinheiro todo" quando eu ganhava o salário mínimo (a trabalhar mil horas por semana e sábados inclusive).
Fiz-lhes a vontade e vim-me embora, o meu ordenado ostensivo vai deixar de ser um peso para eles. Vou abraçar um novo projeto, numa nova cidade, estou cheia de medo mas será o que tiver que ser.
Fiz-lhes a vontade e vim-me embora, o meu ordenado ostensivo vai deixar de ser um peso para eles. Vou abraçar um novo projeto, numa nova cidade, estou cheia de medo mas será o que tiver que ser.
Adeus contrato sem termo, adeus salário mínimo, adeus zona de conforto.
Ai vou eu.
10 comentários:
Boa sorte :)
Fiz o mesmo há 5 anos (tinha contrato sem termo, recebia pouco mais do que ordenado mínimo, decidi sair da zona de conforto, ir para outra cidade, um novo projeto) e não podia ter tomado melhor decisão! Força!!!!
Parabéns e muita sorte querida. Beijinhos
Parabéns pela coragem!
Fiz exactamente o mesmo em Junho deste ano. Numa empresa exactamente como a tua, com horas para entrar mas sem horas para sair. Com telemóvel da empresa constantemente a tocar fosse semana ou fim de semana.
Mudei. Se custou?custou. Se ainda hoje custa? custa. Porque é diferente, pessoas diferentes. Mas a vida anda, e só assim aprendemos também.
Boa sorte, vai tudo correr bem :)
E olá futuro!
Felizmente não me posso queixar do meu trabalho atual - mas também não descansei até encontrar alguma coisa que me satisfizesse!
Muita sorte!
Boa sorte! E melhor que o trabalho antigo, será com certeza ;)
Vai correr tudo bem :D energias positivas desde aqui *
Boa sorte nessa tua nova etapa, espero que corra tudo bem :)
Obrigada, de coração!
Tenho uma história parecida com a tua, com a diferença de que comigo telefone ainda não tocou. Também me despedi depois de quase 5 anos na mesma empresa. Lá aguentei tudo o que um trabalhador consegue aguentar. Podia esfarrapar-me toda que no fim de contas só recebia críticas e mais exigência. Bocas, humilhações... Perdi o amor ao salário, falei com a família e saí. Estou a mandar CV’s. Ainda não me arrependi do que fiz e acho que não me vou arrepender. Só queria que aparecesse alguma coisa melhor que me faça pensar que o destino me sorriu. Até lá, aguardo e faço o que posso.
Deixo-te o link do meu texto. Ah, e parabéns pela mudança. :)
http://asminhasquixotadas.blogspot.pt/2016/09/decisoes.html
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