Acho que todos concordamos que compramos demasiadas coisas, uma parte delas sem utilidade e que vamos usando pontualmente, outra parte que nunca chegará a ser utilizada, mas que ocupará eterno espaço de arrumação e outra parte que será, de facto, útil.
Ora, depois de anos a comprar de forma impulsiva, de outros tantos a tentar abandonar esse hábito e a criar critério naquilo que compro, eis que cheguei a ponto onde racionalizo as compras que faço. Hoje em dia se compro umas calças já me questiono seriamente se precisava, se são uma mais-valia ao guarda-roupa, umas simples calças, que provavelmente não justificam tanto alarido. Tento ser bastante racional, porque se é giro comprar roupa e que a roupa faz toda a diferença na apresentação de uma pessoa? na segurança, na credibilidade que transmitimos? sim, sabemos que faz.
Agora como equilibrar isso com o bom-senso de não se ficar refém da indústria, do marketing, das redes sociais? Difícil.
Tenho desinvestido em roupa, direcionando esse dinheiro para viagens e poupanças. Dar 60€ por um casaco, por exemplo, não é nada de especial, vamos pôr as coisas nestes termos, mas não é que me custa dar esse valor? É como se estivesse a dar 100€, 150€... Não estou, mas custa-me.
Nesta luta entre quilos de roupa que não uso, sei que não vou usar, mas que mantenho religiosamente guardada, e alguns desejos de consumo instalei a Vinted. Até agora o feedback é positivo. Acho que o futuro tem que passar mais pela consciencialização e que a sustentabilidade têm que deixar de ser aquela coisa que dizemos para parecer bem, mas uma real preocupação.
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