quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Minimalismo


Estive a ver um documentário na Netflix sobre o minimalismo e eu, que não sou apologista dos lados extremados de nenhum documentário, concordo (mas sem fundamentalismos) com a mensagem geral do documentário.

Cada vez compramos mais coisas, de forma mais compulsiva, para preencher necessidades mais superficiais, para esconder ou mascarar necessidades reais.

É uma receita para a insatisfação porque nunca vamos ter tudo aquilo que queríamos comprar, para além disso são lançados diariamente milhões de produtos que visam criar novas necessidades, o que torna esse processo ainda mais frustrante.

Desde pequena que gosto de destralhar. Lá em casa era uma limpeza de vez em quando, não sossegava enquanto não deitava aqueles documentos, do dia-a-dia, datados de "mil nove" todos fora, aquelas flores de plástico antigas que decoravam a casa, aqueles bibelôs que não faziam sentido nenhum, aqueles naperos, arrumava com tudo o que pudesse. Sempre que podia "dava a volta", arranjava um saco grande e com a devida supervisão tratava de lhes dar um fim. Já bastava aqueles móveis massivos, que ocupavam todo o espaço, quando consegui desmontei o móvel da sala e converti-o num aparador. Tirei as maçanetas e pintei-o e está na sala lá de casa até hoje. Já na adolescência acho que comprei mais do que devia e precisava, algo que penso ter corrigido.

Tenho feito a minha parte neste processo nos últimos anos. Acho que faz sentido pensarmos e comprarmos de forma mais sustentável e consciente.

Para não falar que sou fã de arquitetura minimalista, quem me dera ter um espaço amplo, clean, como o da imagem em casa. Ter espaço não para encher de coisas, mas para viver mais confortavelmente, com as coisas certas.

Mesmo em roupa limito as minhas compras aos saldos e com o mindset de "menos é mais", estou numa fase em que não faz sentido comprar algo que gosto "mais ou menos", tenho que gostar e ser tudo aquilo que eu procuro e preciso. Quando posso vendo o que não uso, já separei uma parte de roupa assim, alguma dela nunca cheguei a usar, se não conseguir vender certamente irei doa-la.

Não me vou converter num pregador desta filosofia, mas que faz sentido aplicar algumas coisas na minha vida, lá isso faz.

1 comentário:

ME Assessoria disse...

Já li algumas coisas sobre o assunto e comecei a adaptar na minha vida e foi muito libertador, vou assistir ao documentário!

https://submersa-em-palavras.blogspot.com/

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