O futuro tem uma palavra: Tecnologia. Eu não sei para onde vamos, nós enquanto sociedade, mas não é difícil prever que o futuro será uma guerrilha de avanços tecnológicos, desde a saúde, na banca, no entretenimento, no imobiliário, na forma como nos transportamos, como comunicamos.
Quando escolhi a minha área de formação nunca pensei, nem de longe, nas tecnologias da informação. Nem por sombras. Achei que estava mais vocacionada para tudo menos para isso, entrei em saúde e foi uma decisão lógica, baseada em algo que eu achei que teria a ver comigo. Acertei.
Apesar de achar que fiz uma boa escolha, à luz do que sei hoje, foi uma bad bad decision em termos profissionais. Se pudesse, se achasse que seria capaz, coisa que tenho as minhas dúvidas, hoje faria, sem sombra de dúvida, uma reconversão profissional. Sei que daqui a 20 anos, se ainda cá estiver, vou olhar para trás e perceber que vivi esta fase do boom tecnológico e fiquei a ver a carruagem a passar.
Primeiro a procura supera a oferta. Por si só estamos a falar de profissionais com mais margem de evolução. Não estão contentes no projeto atual? Há milhares de outras opções, há centenas de outras empresas em busca de profissionais, podem aprender outras coisas, outras ferramentas, outras linguagens.
Salários acima da média. Melhores condições de trabalho. Não me parece que seja preciso dizer mais.
Quem há dez anos atrás escolheu informática provavelmente não sabia que "iria ter o mundo nas mãos" uns anos depois, provavelmente nem se apercebeu que tomou uma decisão inteligente, estratégica. A questão é que isto não é exclusivo de que já entrou neste comboio, quem ingressar agora estará nas mesmas circunstâncias provavelmente, no futuro.
Se todos podemos ser a mesma coisa? Claramente que não. Se a diversidade é uma mais-valia? Sem dúvida. Mas sentada numa mesa de informáticos é impossível não perceber que são eles que vão dominar "o mundo", que vão trabalhar em projetos megalómanos, ter melhores salários e provavelmente melhores condições laborais. Não se fala no stress, nas horas de formação ou especialização que esta área exige, claro que sim, mas também importa não esquecer que isso também as outras áreas têm, sem um quinto destes privilégios.
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