segunda-feira, 28 de março de 2022

Os Óscares à chapada

 Acho que estamos todos incrédulos com o que se passou nos Óscares. 

Achávamos nós que era impossível um ano pior do que 2021. Ahram, aí está 2022 sempre a surpreender.

O Will Smith vai e dá um soco ao Chris Rock. Depois de uma piada, sem piada, sobre a alopecia da mulher do Will vai o gajo e dá-lhe um tabefe.

Oh valha-me nossa senhora das estatuetas. 

 


quinta-feira, 24 de março de 2022

Vamos criar aqui um fórum. O que gostavam de saber? Que dúvidas e inquietações vos apoquentam?



Fica difícil pensar em outros assuntos, quando há tudo isto a acontecer.

Pandemias, guerras, genocídios, vulcões em erupção. 

Uma pessoa sabe que a história é cíclica, escusavam era de comprimir todos estes fenómenos em tão pouco tempo.


E vocês xuxos, que estão desse lado, eu não sei o que vos faz voltar, mas obrigada por isso.

O que gostavam que fosse tema? Têm dúvidas sobre o que fazer, hesitações de vida, em geral? Desabafos, inquietações. Têm uma situação que não conseguem expor a pessoas que vos conheçam e gostavam de uma visão externa, isenta? Confissões que vos pesem na alma e que gostavam de falar sobre isso. Ponham em anónimo e sigam com as questões. Terapia de grupo, questões, de que têm medo, do que sentem falta? Vocês que estão fora do país, como estão?

Vale tudo, menos falarmos de guerra, de covid.  Sinto que todos passamos uns pelos outros, que metade de nós está absorvido em mil coisas, mas que partilhamos pouco, comunica-se muito, mas fala-se pouco. 

E vocês como estão?

sexta-feira, 4 de março de 2022

Reservei uma noite na Ucrânia

Quem me lê sabe que viajar é uma das coisas que mais gosto.
Se pudesse passava a vida a conhecer locais novos, perceber um pouco mais da história daquele país, da arquitetura. Sentir a vibração dos locais, das pessoas.
Claro que as viagens que fazemos são sempre um gasto, que tem que ser gerido ao máximo. Viagens em low cost, estadias no Airbnb, refeições na mochila, são as formas que encontramos para o poder fazer, como já falei aqui mil vezes e felizmente todas as experiências que tivemos foram boas e cumpriram o propósito.

Ontem reservei uma estadia na Ucrânia, no meio de tantas estadias que já reservamos, fez-nos sentido tentar ajudar, desta forma. Tinha saldo na app que poderia ser gasto numa qualquer próxima viagem, e vocês sabem que gostamos de poupar ao máximo, não porque seja um desafio, mas sim porque é uma necessidade de gestão financeira, para podermos fazer o que gostamos, que é viajar.

Peguei no saldo e fiz uma reserva. Não sei se a casa que reservei está sequer de pé, mas foi uma muito pequena forma de tentarmos ajudar, através de uma plataforma, o Airbnb, que também já nos tem ajudado a fazer viagens baratas e a ter estadias seguras e que agora está ainda com uma campanha para ajudar os refugiados.

Nada devolve os sonhos, os maridos, os filhos, a vida, aquelas pessoas. Os nossos gestos são uma pequena formiga em comparação com um tanque de guerra, que é a devastação total que está a acontecer. Ainda assim, espero que a nossa migalha possa ser útil e que a soma de pequenas migalhas consiga restaurar naquelas pessoas a fé na humanidade, que acredito que possa estar, para sempre, comprometida.

quarta-feira, 2 de março de 2022

...

No início do ano tínhamos pensado que este ano faríamos a viagem que nós chamamos de tríade: Budapeste, Viena e Praga. Já há imenso tempo que queríamos fazer, mas como é uma viagem em que precisamos de mais tempo e de mais dinheiro de uma só vez, fomos adiando.

O marido já esteve na Polónia, eu o mais a longe que tinha ido naquele sentido, na Europa, tinha sido Croácia e gostávamos muito de aproveitar esta Europa, para nós desconhecida.


2019... 2019... éramos felizes e nem sabíamos.

terça-feira, 1 de março de 2022

Nem parece real

Parece que estamos todos a assistir uma série da Netflix, não parece possível acreditar que em 2022 possam deliberadamente estar a morrer pessoas por conflitos deste género. Lemos nas notícias "70 mortos em ataque" e nem conseguimos processar no resíduo de pó, que a vida humana se torna.

Já todos perderam, todos, sem excepção. Quando isto acabar - e raios como demora a acabar - vai sobrar um país em ruína, milhares terão perdido tudo. A família, os sonhos, a casa, o emprego. Ódio gera ódio, os filhos destes homens vão crescer com o ódio da injustiça, vão questionar-se mil vezes sobre os porquês daquilo lhes ter acontecido. Vão existir russos que vão achar que foram injustiçados por sofrerem sanções do resto do mundo. Não vai ter fim.

Estes dias fiz um zapping pelos canais russos, não que perceba nada do que dizem, mas ainda assim... Parei num que tinha o nome "educational qualquer coisa" e era sobre videojogos de guerra. Pessoas a jogar com snipers a matar de forma precisa, tanques de guerra a passar por cima de carros civis, com o realismo que estes jogos já nos habituaram e os jogadores estavam ali super divertidos e o canal transmitia os seus jogos de guerra, de "estratégia". Ficamos perplexos e aterrorizados.


Temos que lutar para um mundo onde insto não seja "o normal", onde a morte não seja banalizada, onde o bom senso impere. Temo realmente pelo futuro.

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