Estas mini mini férias deixaram uma sensação boa. A sensação de estarmos numa cidade e aproveitarmos com calma, com tempo, que é uma coisa que normalmente nunca temos.
As nossas viagens têm sido incríveis, porque temos visto tanta tanta coisa, temos optimizado todo o tempo para ver o mais que podemos, mas isso vem com o preço de tudo estar cronometrado e de não dar para parar muito.
Contudo, agora que já passamos pelas cidades que mais queríamos absorver tudo, como Londres, Paris, Barcelona, Amesterdão, Madrid, em que éramos novos, frescos, fofos e sedentos por museus e marcos históricos, agora sinto que já nos podemos dar ao luxo de estar numa frequência diferente e aproveitar os sítios que queremos conhecer com mais calma, sentir o pulso à cidade, comer um gelado, parar num sítio para ouvir uma musica, aproveitar uma esplanada, sentar num parque, só porque sim. Sevilha deu-nos essa frequência e soube muito bem. Não esquecer que sentimos que podíamos mesmo relaxar, não fazer nada se não quiséssemos, sentimo-nos seguros e descontraídos, e que podíamos estar só a ver as pessoas, os rituais das famílias, os piqueniques, os passeios de bicicleta e estava tudo bem. É bom e está alinhado com esta nova fase das nossas vidas.
Sentimos que o tempo e a idade já começam a mudar algumas coisas na nossa forma de viajar, para alem da forma como planeamos as nossas viagens, nomeadamente:
- Se chegarmos tarde e mesmo que o hotel seja perto e haja transportes públicos ou chamamos um Uber ou vamos de táxi. Mais simples, mais prático, com menos erros.
- Já gastamos mais no alojamento e damos mais importância onde vamos ficar e à localização.
- Temos promessas de abandonar as mochilas às costas e substituí-las por confortáveis malas de rodinhas, esta última ainda não cumprimos, mas lá chegaremos.